RELIGIÃO QUE SEPARA
INFÂNCIA E JUVENTUDEFAMÍLIAPR
Antonio Carlos Santini
1. Coisas que acontecem
O casal de noivos buscou aconselhamento. Ele, protestante; ela, católica. Trazem uma pergunta: - “Nosso casamento pode dar certo, nós dois pertencendo a igrejas diferentes?”
O conselheiro conta que é amigo de um casal que vive muito bem, sendo o marido presbiteriano e a esposa católica. Ele é engenheiro, ela é professora. Possuem cinco filhos; dois frequentam uma Igreja, três participam da outra. Sabem respeitar as diferenças, rezam em família e não acontece nenhum atrito entre eles. Se imitarem essa conduta, pode dar certo.
Os noivos agradecem. Casam-se. Meses depois começam os problemas. Na Igreja protestante, o marido é pressionado: - “Que crente é você, que não consegue converter sua esposa?” Ele se deixa influenciar, pressiona também a esposa e a divergência começa. Após algum tempo, ele chega a ameaças verbais e, enfim, à agressão física. Fragilizada, ela se envolve afetivamente com um colega de trabalho. Veio a separação.
2. Pensando juntos
A Igreja Católica sempre levou a sério uma situação destas. O Direito Canônico proíbe casamentos mistos sem uma licença expressa da autoridade religiosa, que alerta os noivos para os riscos, a responsabilidade na educação religiosa dos filhos e as propriedades essenciais do matrimônio cristão (cf. cânones 1124-1129).
No caso acima, apesar de alertados pelo conselheiro, o marido não teve suficiente maturidade para respeitar a opção religiosa da esposa. Os laços que os uniam foram mais frágeis que a diferença religiosa.
3. Para uma reunião de casais
- Você conhece algum casal que vive bem apesar de pertencerem a diferentes denominações religiosas?
- Conhece algum casal que vive em conflito por esse motivo?
- Que virtudes você considera importantes para a boa convivência entre pessoas diferentes?
- Você tem bons amigos que frequentam uma Igreja diferente da sua?
- Como você se sentiria se seus filhos se casassem com pessoas de outra religião?
Para rezar com a Bíblia:
Salmo 133[132]
Oh! Como é bom, como é agradável
os irmãos morarem juntos!
É como o óleo precioso sobre a cabeça,
que escorre pela barba, pela barba de Aarão,
e desce sobre a gola de seu manto.
É como o orvalho do Hermon,
descendo sobre os montes de Sião.
Pois é lá que o Senhor dá a bênção
e a vida para sempre.