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SANTO INÁCIO DE ANTIOQUIA (? - 107dc)

Bispo de Antioquia

BONS FILHOS DA IGREJABIOGRAFIACATOLICISMO

Sandra Rodrigues

9/11/20242 min ler

"Tenham cuidado para observar [somente] uma Eucaristia; pois existe apenas uma Carne do Nosso Senhor Jesus Cristo e um cálice de união com seu Sangue, um altar de sacrifício, assim como há apenas um bispo com os presbíteros e meus servos fieis, os diáconos." [1]

Santo Inácio foi Bispo em Antioquia, no sul da Turquia, quase na fronteira com a atual Síria. Antioquia era uma grande metrópole do mundo antigo, junto com Roma e Alexandria do Egito. Inácio tornou-se Bispo de Antioquia por volta do ano 69. Foi o segundo sucessor de São Pedro como bispo desta cidade. Ele descendia de uma família pagã, não romana, converteu-se ao cristianismo já em idade avançada após ouvir a pregação de São João Evangelista, que havia passado por aquelas terras.

Foi um pastor zeloso e assertivo. Durante seu episcopado, começou a terrível perseguição do imperador Trajano. Por não querer negar sua fé em Cristo, Inácio foi preso e transportado acorrentado para Roma. Eusébio de Cesareia, um historiador do IV século, dedica um capítulo inteiro da sua História Eclesiástica à vida e à obra literária de Inácio: “Da Síria, Inácio foi enviado a Roma. (...) por causa do testemunho por ele dado a Cristo. Realizando a sua viagem através da Ásia, sob a vigilância severa dos guardas, “nas várias cidades por onde passava, com pregações e admoestações, ia consolidando as Igrejas; sobretudo exortava, muito fervorosamente, a evitar as heresias (...) e recomendava que não se separassem da tradição apostólica”.

Durante esta longa viagem rumo à morte, o Bispo Inácio escreveu sete cartas, que constituem um valioso testemunho sobre a vida da Igreja em seus primórdios e são documentos preciosos da literatura da igreja primitiva. Nessas cartas, ele expressa sua gratidão pelas muitas demonstrações de carinho e em uma delas, dirigida aos romanos, faz um apelo aos fiéis para não impedir seu martírio, do qual se sentia honrado. Pedia a solidariedade espiritual dos fiéis para com a Igreja de Antioquia que ficava sem ele e escreveu verdadeiras declarações de amor a Cristo e à sua Igreja, que, pela primeira vez, foi chamada "católica"; Deixou ainda diretrizes para combater o Docetismo, heresia que acreditava na Encarnação do Filho apenas como aparência e não real. Lendo estes textos sente-se o vigor da fé de Inácio de Antioquia, homem pertencente à geração dos que conheceram os Apóstolos de Cristo.

Finalmente, no ano 107, o mártir chegou a Roma, onde, no Anfiteatro Flávio, foi lançado às feras. “Eu sou o trigo de Deus. Tenho de ser triturado pelos dentes das feras, para tornar-me pão puro de Cristo”.

Fontes consultadas:

https://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2012/10/cidade-da-turquia-e-berco-do-cristianismo-e-abrigo-de-refugiados.html Acesso em 05/09/2024

https://www.paulus.com.br/portal/santo/santo-inacio-de-antioquia-bispo-e-martir/ Acesso em 05/09/2024

https://www.vaticannews.va/pt/santo-do-dia/10/17/s--inacio-de-antioquia--bispo--martir-em-roma.html Acesso em 05/09/2024

https://franciscanos.org.br/vidacrista/calendario/santo-inacio-de-antioquia/#gsc.tab=0 Acesso em 05/09/2024

HARDON, John A. (org). O Tesouro da Sabedoria Católica. Tradução Igor Barbosa. Rio de Janeiro, Editora Petra, 2022.

[1] Carta escrita à Igreja da Philadelphia. Citação Traduzida do Livro: GROESCHEL, B.J. In the Presence of our Lord. Huntington, Indiana. Editora Our Sunday, 1997.