two young boys holding a stuffed animal in their hands

ALEGRAI-VOS COMIGO! (Lc 15,1-10)

OS EVANGELHOSLC 15PR

Antonio Carlos Santini

11/6/2025

O pastor que recupera a ovelha tresmalhada (e ele possuía cem!) não pode deixar de se alegrar. Mas a alegria transborda e se muda em um convite aos amigos: “Alegrai-vos comigo!” A mulher pobrezinha que recupera a moedinha enferrujada (afinal, só tinha dez!), também é inundada pelo júbilo. Daí o convite às vizinhas: “Alegrai-vos comigo!”

Ambas as imagens se referem à realidade humana: nós estávamos perdidos, extraviados, quando veio Jesus Cristo e deu sua vida por nós. Foi a forma escolhida por Deus para nos trazer de volta à casa do Pai. Se o próprio Jesus se apresenta sob a imagem de um Bom Pastor (cf. Jo 10,11.14), como não se alegraria ao nos recuperar para o Pai?

Nós também somos pastores. Não apenas os bispos e padres, que zelam pelo rebanho da Igreja. Também a nós o Senhor confiou muitas ovelhas. Os pais são pastores de seus filhos. Os médicos são pastores de seus pacientes. Os educadores pastoreiam seus alunos.

Naturalmente, o cirurgião vibra de alegria quando salva o acidentado por meio de uma intervenção cirúrgica. O mestre se alegra quando vê que seu ex-aluno agora ocupa um cargo importante na empresa. Os pais exultam de alegria quando conseguem reorientar o filho que andara por caminhos obscuros.

Esta alegria precisa ser repartida. Não só como desabafo, mas como testemunho de uma esperança que se mantém acesa. A boa notícia da “salvação” servirá de ânimo para muitos que ainda estão em combate. O estudante se motivará ao ver a formatura do colega. O enfermo recobrará o ânimo ao ver a cura de seu vizinho de leito. Mas é preciso comemorar!

Nossa sociedade ocidental está perdendo a capacidade de comemorar. Para fazê-lo, preciso beber, drogar-se. Não consegue mais perceber os lampejos de luz que cintilam no dia a dia. Burocratizados, não percebemos mais o inestimável valor dos trabalhos caseiros, da dedicação profissional. Trabalha-se pelo salário, mais nada...

Há uma terceira parábola, logo a seguir: a história do Pai que tinha dois filhos (só dois!). Seu amor não era percebido pelos filhos. Um fugiu para longe, curtindo a vida. Outro "servia" na fazenda como um burro de carga. Quando o fujão voltou, houve festa. E o pai insistia com o filho mais velho: “Alegrai-vos!”

Orai sem cessar: “Que o Senhor faça a minha alegria!” (Sl 104,34)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

Escute a reflexão no vídeo abaixo

Leia aqui o Evangelho...

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas cap. 15, (1-10)

As três parábolas da misericórdia —1 Todos os publicanos e pecadores estavam se aproximando para ouvi-lo. 2Os fariseus e os escribas, porém, murmuravam: “Esse homem recebe os pecadores e come com eles!” 3Contou-lhes, então, esta parábola:

A ovelha perdida —4“Qual de vós, tendo cem ovelhas e perder uma, não abandona as noventa e nove no deserto e vai em busca daquela que se perdeu, até encontrá-la? 5 E achando-a, alegre a coloca sobre os ombros 6e, de volta para casa, convoca os amigos e os vizinhos, dizendo-lhes: ‘Alegrai-vos comigo, porque encontrei a minha ovelha perdida!’ 7Eu vos digo que do mesmo modo haverá mais alegria no céu por um só pecador que se arrependa, do que por noventa e nove justos que não precisam de arrependimento.

A dracma perdida —8 Ou qual a mulher que, tendo dez dracmas e perder uma, não acende uma lâmpada, varre a casa e procura cuidadosamente até encontrá-la? 9E encontrando-a, convoca as amigas e vizinhas, e diz: ‘Alegrai-vos comigo, porque encontrei a dracma que havia perdido!’ 10Eu vos digo que, do mesmo modo, há alegria diante dos anjos de Deus por um só pecador que se arrependa”.

Fonte: Bíblia de Jerusalém.

IMAGEM DE CAPA:

A PARÁBOLA DO FILHO PRÓDIGO

No. III: O Retorno. Série A Parábola do Filho Pródigo de

James Tissot (francês, Nantes 1836–1902)

Data: 1882

Gravura em papel vergê

Museu Metropolitano de Arte, Nova York, EUA

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