
E VÓS, QUEM DIZEIS QUE EU SOU? II (Mt 16,13-19)
OS EVANGELHOSMT 16PR
Antonio Carlos Santini
6/28/2025
Na celebração eucarística de 29 de junho de 1919, o Papa Francisco pregava na homilia:
“Os apóstolos Pedro e Paulo aparecem aos nossos olhos como testemunhas. Nunca se cansaram de anunciar, viver em missão, a caminho, desde a terra de Jesus até Roma. E aqui levaram o seu testemunho até o fim, dando a vida como mártires. Se formos às raízes do seu testemunho, descobrimo-los como testemunhas de vida, testemunhas de perdão e testemunhas de Jesus. [...]
Para a testemunha, mais que um personagem da história, Jesus é a pessoa da vida: é o novo, não o já visto; é a novidade do futuro, não uma lembrança do passado. Por isso, não é testemunha quem conhece a história de Jesus, mas quem vive uma história de amor com Jesus. No fundo, o que a testemunha anuncia é apenas isto: Jesus está vivo e é o segredo da vida. De fato, vemos que, depois de ter dito «Tu és o Cristo», Pedro acrescenta: «o Filho de Deus vivo» (16,16). O testemunho nasce do encontro com Jesus vivo. E, no centro da vida de Paulo, encontramos a mesma palavra que transborda do coração de Pedro: Cristo. [...]
Irmãos e irmãs, diante destas testemunhas, interroguemo-nos: Renovo eu cada dia o encontro com Jesus? Talvez sejamos curiosos sobre Jesus, talvez nos interessemos por coisas de Igreja ou notícias religiosas. Abrimos sites e jornais, e conversamos sobre coisas sagradas. Mas, assim, ficamos no que dizem os homens, nas sondagens, no passado, nas estatísticas. Mas isto, a Jesus, interessa-Lhe pouco. Não quer repórteres do espírito, e muito menos cristãos de capa de revista ou de estatísticas. Ele procura testemunhas, que Lhe digam dia a dia: «Senhor, Tu és a minha vida».
Os Apóstolos, tendo encontrado Jesus e experimentado o seu perdão, testemunharam uma vida nova: não mais se pouparam, deram-se a si mesmos. Não se contentaram com meias medidas, mas adotaram a única medida possível para quem segue Jesus: a dum amor sem medida. «Ofereceram-se em sacrifício» (cf. 2Tm 4,6). Peçamos a graça de não ser cristãos tíbios, que vivem de meias medidas, que deixam resfriar o amor. Encontremos as nossas raízes na relação diária com Jesus e na força do seu perdão. Como a Pedro, Jesus pergunta também a nós: Quem sou Eu, para ti? Amas-me tu? Deixemos que estas palavras penetrem dentro de nós e acendam o desejo de não nos contentarmos com o mínimo, mas de apontar para o máximo: sermos, também nós, testemunhas vivas de Jesus.
Orai sem cessar: “Senhor, tu sabes que te amo!” (Jo 21,17c)
Apresentação de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

Escute a reflexão no vídeo abaixo
Leitura do Evangelho de São Mateus, Cap. 16, 13-19
Profissão de fé e primado de Pedro —13Chegando Jesus ao território de Cesareia de Filipe, perguntou aos discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” 14Disseram: “Uns afirmam que é João Batista, outros que é Elias, outros, ainda, que é Jeremias ou um dos profetas”. 15Então lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” 16Simão Pedro, respondendo, disse: “Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo”. 17Jesus respondeu-lhe: “Bem-aventurado és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi carne ou sangue que te revelaram isso, e sim o meu Pai que está nos céus. 18Também eu te digo que tu és Pedro, ” e sobre esta pedra edificarei minha Igreja, e as portas do Inferno nunca prevalecerão contra ela. 19Eu te darei as chaves do Reino dos Céus e o que ligares na terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra será desligado? nos céus”.
Texto da Bíblia de Jerusalém.

