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SIM, SIM; NÃO; NÃO! (Mt 5,33-37)

OS EVANGELHOSMT 5

Antonio Carlos Santini

6/14/2025

Nos julgamentos humanos, quando alguém a chamado a depor, um funcionário do tribunal lhe pergunta: - “Jura dizer a verdade, e somente a verdade?” Óbvio, a resposta é: - “Sim!” No entanto, como aparecem mentiras e perjúrios em depoimentos de testemunhas de encomenda, sem falar em promotores e advogados que sabem perfeitamente quando trabalham contra a verdade!

Claro, Pôncio Pilatos tem muitos seguidores, dispostos a perguntar: - “O que é a verdade?” (Jo 18,38) Entende-se que uma criança pequena, temendo algum castigo, apele para a mentira. Ela deverá amadurecer para ser capaz de sustentar a verdade mesmo com prejuízo pessoal. Uma boa pedagogia sempre dará importância à fuga da mentira. Mas os noticiários mostram que a falsidade e a mentira tornaram-se um recurso “normal” para obter vantagens, enganar os consumidores e fraudar o fisco. A proliferação de câmeras de segurança apenas confirma a situação...

No Evangelho de hoje, entre outras lições de Jesus no Sermão da Montanha, está a proibição dos juramentos. Ele chega a dizer que qualquer coisa além do sim e do não “é proveniente do maligno” (cf. Mt 5,37), a quem ele chama de “pai da mentira” (Jo 8,44). A mentira é um dos principais laços pelos quais o demônio amarra uma pessoa e impede sua ligação com Deus.

Não é preciso ser psicólogo para saber que a mentira inicial prende a pessoa, levando-a a prosseguir em atitudes permanentes de falsidade e a adotar um comportamento furtivo, sempre na iminência de ser descoberto. Por outro lado, na sabença do povo, a mentira “tem pernas curtas”; a descoberta da verdade é questão de tempo. E o Mestre nos garante: “Nada há de oculto que não venha a ser revelado”. (Mt 10,26)

Está em questão uma virtude nem sempre valorizada: a FIDELIDADE. O fiel merece confiança, merece crédito. Só que a fidelidade de uma pessoa tem suas raízes na fidelidade à Palavra de Deus. Entre pagãos e cristãos de fachada, quem seria o “fiador” da palavra humana? Mesmo o juramento dos noivos, na celebração de seu matrimônio, de nada valerá sem uma referência Àquele que é a suprema verdade: “Se permanecerdes em minha palavra... conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. (Jo 8,31-32)

Orai sem cessar: “Escolhi o caminho da verdade!” (Sl 119,30)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

Escute a reflexão no vídeo abaixo

Leitura do Evangelho de São Mateus, Cap. 5, 33-37

33Ouvistes também que foi dito aos antigos: Não perjurarás, mas cumprirás os teus juramentos para com o Senhor. 34 Eu, porém, vos digo: não jureis em hipótese nenhuma; nem pelo Céu, porque é o trono de Deus, 35 nem pela Terra, porque é o escabelo dos seus pés, nem por Jerusalém, porque é a Cidade do Grande Rei, 36 nem jures pela tua cabeça, porque tu não tens o poder de tornar um só cabelo branco ou preto. 37 Seja o vosso ‘sim’, sim, e o vosso ‘não’, não. O que passa disso vem do Maligno.

Texto da Bíblia de Jerusalém.

IMAGEM DE CAPA:

RECONCILAÇÃO

Escultura em Bronze

JOSEFINA VASCONCELOS / 1955

Catedral de São Miguel, Reino Unido

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